A literatura é reconhecida por todos como uma fonte rica de conhecimento e cultura. Apesar disso, crianças e jovens leem muito pouco.
A falta de hábito pela leitura normalmente é atribuída a uma precária política de educação no Brasil, sendo resultado de uma injusta distribuição de renda. No entanto, é notório que em geral os adultos relacionam-se mal com os livros, principalmente os de literatura, consequentemente o prazer de ler é mal explorado quando levado à criança.
Percebe-se, assim, pouca importância ao hábito de ler, ou seja, o livro, visitas à biblioteca e livraria não são consideradas opções de lazer. São Paulo é uma cidade que proporciona muito o acesso à leitura, se não há dinheiro para comprar livros, existem espalhadas pela metrópole enumeras bibliotecas públicas que emprestam livros.
No período da alfabetização, a maioria das crianças se demonstra interessadas pela leitura, é só observar a obstinação delas nessa fase: a curiosidade em decifrar placas e todo tipo de palavra torna-se um desafio diário, porque é algo novo. O problema é que o tempo passa e os pais não aproveitam essa fase da criança para incentivá-la ao hábito da leitura.
Segundo Maria Antonieta Antunes Cunha, doutora em Educação com especialização em Literatura Infantil , "quando o educador obrigatoriamente receita um livro à criança, como um remédio ruim, mas benéfico, é porque ele próprio considera o livro um remédio ruim. Assim a suposição de que a criança não se interessa pelo livro é apenas o reflexo do desinteresse do adulto por tal objeto".
Impor a leitura como um remédio faz com que a criança sinta-se coagida, tendo que ler uma obra que não lhe diz nada para fazer uma prova sobre um livro que não entendeu e, finalmente, ser punido por isso.
Não basta que a literatura seja reconhecida como fonte rica em cultura, é preciso explorá-la a favor da educação e fazer da leitura um hábito de lazer e entretenimento. E para isso, família e escola devem trabalhar em conjunto.
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