segunda-feira, 6 de junho de 2011

Filhos & Educação Familiar

Felipe Briti Elias é o nome de nosso primeiro filho que chegou no último dia dezoito de abril, em outras palavras, possui agora menos de dois meses de idade... Assim como eu e a minha esposa, há milhões de papais e mamães que iniciam a arte da criação de um ou de mais filhos em nossos complexos dias atuais (segurança pública precária, deseducação escolar, violência no trânsito, incertezas econômicas, políticos corruptos, impunidade, drogas, inversão de valores e outras catástrofes sociais).
         Tais dificuldades sociais (familiares) são derivadas de um sistema capitalista selvagem, mas que podem ser amenizadas quando há vontade e iniciativa por parte dos pais para uma compreensão mais altruísta e livre do egocentrismo que sutilmente o sistema nos impõe como filosofia de vida.
         Embora a questão financeira ainda seja o desafio de muitas famílias, na atualidade já não é esta a questão que determina se o destino dos filhos terá um horizonte feliz garantido.
         Há inúmeros lares em situação financeira privilegiada que padecem no "paraíso familiar". Embora possam até negar tal situação, vivem (sobrevivem) numa pseudofelicidade, onde o ambiente de relacionamento está estruturado em aparências, fingimentos e (des)ilusões, limitando a espontaneidade sincera frente ao necessário diálogo sobre questões importantes, como: autoestima, conhecimento, trabalho, amizade, solidariedade, dignidade, honestidade, relacionamento, ideais, respeito, confiança, liberdade e responsabilidade etc. Isso sem falar no orgulho de muitos pais que ainda recusam-se a aprender com os filhos.
         A questão fundamental para a Excelência na Educação de filhos está na consciência bem elaborada dos mesmos. Os pais devem estar atentos as orientações corretas em relação à mente dos filhos. Estamos falando do alicerce da construção da vida quando nos referimos ao desenvolvimento de pessoas realmente conscientes e livres de corpo e de alma. Quais os hábitos que você inspira a seus filhos? Se você não gosta de ler, seus filhos devem seguir por este mesmo caminho?
         As orientações adequadas e produtivas não obedecem a um padrão ou modelo pré-determinado, as orientações paternas exigem: percepção, diálogo, tempo, franqueza, liberdade, humildade, disposição e amor.
         Se você que é pai ou mãe, ou os dois ao mesmo tempo, e quer garantir a maturidade adequada a seus filhos, aprenda primeiro o que é demonstrar coerência, dê o exemplo em suas atitudes para ganhar autoridade e respeito sustentável. Não facilite demais as coisas para eles, e que a sua repreensão, quando necessária, seja educativa, instrutiva e estimuladora para torná-los seres humanos melhores.
         A boa consciência deve ser o foco para um futuro feliz não apenas para o bem de seus filhos, mas para todas as próximas gerações da humanidade. Pais responsáveis cuidam primeiro da bagagem interior de seus filhos, tarefa da família e não da escola.
         Uma atenção especial: liberdade não é a mesma coisa que libertinagem. Pais que não sabem se comunicar, que são manipuladores, controladores, dominadores, simuladores, autoritários e mal resolvidos, são tóxicos para os filhos. Antes havia mais espaço para posturas paternas como estas, hoje as consequências podem ser bem desastrosas.
         Todas as crianças devem ser respeitadas e valorizadas corretamente, serão elas que irão nos substituir. Podemos afirmar que está no egoísmo o bloqueio que impede que enxerguemos o que realmente isso significa em termos de responsabilidade para a importância da Educação Familiar adequada.
         Se a realidade social precisa ser melhorada, devemos melhorar continuamente a consciência de nossas crianças (filhos). Todas as soluções que se apresentam imediatistas e que não valorizam a consciência das crianças e dos jovens a médio e a longo prazo são escapismos e paliativos, ou seja, politicagem barata. Não há como investir em uma realidade (mundo) melhor se marginalizamos a base da sociedade: a família e por extensão nossos filhos, as crianças.
         Uma consciência bem elabora não acontece por acaso, para as crianças (os nossos filhos), nós precisamos ser pais (presentes) até os seus dez anos de idade, dos dez aos vinte anos precisamos ser os seus principais professores (orientadores), e dos vinte anos em diante, precisaremos apenas ser os seus sinceros amigos.

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